Era uma vez... Não, Não! Era uma vez NÃO! Deveria ter sido, mas não foi!
Como vocês devem ter visto no texto de minha contraparte na postagem anterior, a nossa universidade, ou melhor, o nosso centro está brincando conosco e com nossos colegas.
Mas vamos à apresentação da história.
(Dispo-me – quem me conhece, por favor, não imagine essa cena – ruborizo, pois sei que vocês imaginaram – e começo a vestir minha roupa para a apresentação, a calça listrada de verde-limão e lilás, extremamente folgada nas ancas e nas coxas, e bastante apertada nas panturrilhas, só chega até metade da canela, as meias, uma vermelha e azul e a outra roxa e amarela, os sapatos pretos lustrosos, tamanho 69, a camisetinha super-apertada é simples, rosa com desenhos poligonais “cor de burro quando foge”, minha barriga saltando para fora é mero detalhe, um jaquetão amarelo âmbar com detalhes em verde-cana, pinto minha juba Black Power de diversas cores, me lembra a bandeira gay, não, tem muito mais cores do que o arco-íris, no topo dela imagine só, um pequenino chapéu-coco com as cores da bandeira da Bahia, ou dos “isteites” se preferirem, meu rosto está pálido, mas não é pó de arroz, é culpa do mal estar que me deu desde que li certa notícia ontem, boca salivando, olhos saltados e no nariz prendendo minha respiração uma enorme esfera vermelha. Pronto. Estou adequadamente vestido, pego a corrente da Mimosa, minha vaquinha, e atravesso as cortinas com ela ao meu lado indo para o picadeiro. Vamos ao Show!)
Dia... Tarde... ou Noite... Ou quem sabe Boa Madrugada!
Eu sou....
Quem eu sou mesmo??? Ah Sim! Isso, isso...
Eu sou o Estudante do CAHL!
Um dos melhores estudantes do Brasil!
Porque estou vestido assim???
Ora? Não leram o texto do jornalista aí em baixo?
Eu sei que ele é chato pra burro, mas o que ele diz é sério, tão sério quanto o que eu represento... O quê??? Como assim??? Como assim você me pergunta, o que alguém vestido como eu posso representar de sério??? Ora!!! É culpa do CAHL! Parafraseando o jornalista, o de peso, não este aí de baixo, “O CAHL me faz de Palhaço!”.
Visto-me assim por indignação!
E mais, para chamar a atenção das Autoridades Competentes que podem ser responsabilizadas pela situação de meu amado, e às vezes odiado, centro de ensino!
Essa aqui ao meu lado é a Mimosa, e olhe que incrível! O leite dela sai!
Desde antes de 2006, e continua saindo todo dia! Que façanha!
Porque será que só o LeiTalvez, não sai???
Porque será que só a Vaca Federal não dá esse Bendito Leite, o Alves!!!
E bem, eu, o Estudante do CAHL continuo aqui fazendo meu papel... Não! Não o de palhaço, o de paciente, MUITO paciente, desde 2006 eu só espero, estudo de vez em quando, mas em suma eu só espero.
Como disse antes, sem falsas modéstias por aqui, sou um dos melhores estudantes do Brasil! Sim! Sou sim! Mas infelizmente, como as Autoridades não tão nem aí pra isso, vou levando a vida assim mesmo. Levo minha Mimosa pra passear todo dia perto do quarteirão, e exibo-me pros peões das janelas. “Há! O leite dela sai!”. Sabe, eles são muito pervertidos e dizem que o deles também! Veja só! Piadinhas eles soltam, mas trabalhar que é bom...
Bem, é isso meu povo, vou ficando por aqui, vou levar a Mimosa prum passeio diferente, vou prum brejo chamado Brasília, e de lá gritar pra Globo ouvir, “Tragam a Vaca que eu quero o Leite!”, té mais tarde meu povo, encontro vocês no LeiTalvez, ou seja, em outra encarnação.
(Monto em Mimosa e atravesso novamente o cortinado deixando para trás o picadeiro)
O Literato
P.S.: Agradeço o empréstimo de mais um titulo criado pelo meu colega Tiago Sant’Ana, um jornalista de peso, http://www.jornalistadepeso.blogspot.com/